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quarta-feira, 13 de julho de 2011

"Try-Outs": um exercício para o "Plastiqueiro Penitente"

Amigos, hoje resolvi escrever o sentimento dos "plastiqueiros".

Muitos somos, Técnicos, Engenheiros, Especialistas e práticos que se dedicam ao desenvolvimento de processos de injeção, e como sabemos, todos nós já nos deparamos com determinadas situações que nos colocaram face a face com o inusitado. Verdadeiros testes ao nosso conhecimento acadêmico, as teorias e as vivências adquiridas ao longo dos anos à frente dos painéis de controle das máquinas injetoras de plásticos.

Se ainda não sabem ao que me refiro, basta mencionar o termo inglês "try-out" usado para descrever os testes de funcionamento e o desempenho de máquinas, moldes, equipamentos, periféricos, e enfim, dos componentes que agregam um processo de produção.

Faz parte do dia dos "plastiqueiros" conversar sobre os "try-outs" - altos papos técnicos, mas ao fundo se resgatam os outros significados do termo: "testar" ; "experimentar".

Analise os verbos. Traduzem bem o que são os "try-outs".

Experimentos que nos impoem toda sorte de dificuldades, imprevistos, pressões internas e externas. Testes de nossa capacidade mental e psicológica, raciocínio lógico e , porque não, nossa intuição.

Por vezes ironizamos sobre eles como sendo a auto-penitência pelos erros do passado, ou ainda - imaginem um locutor dramático - "como o pão que o cramulhão, o tinhoso, o coisa ruim pisoteou e te deu pra comer depois de ter caido com a manteiga pra baixo !".

Pode ser tudo isso num desabafo, mas no fim do dia é um tremendo exercício paciência aplicada ao uso do conhecimento, experiências anteriores, sinergia com os colegas e com os métodos científicos.

Já acompanho "try-outs" há tempos, e não tenho dúvida da gigantesca contribuição para meu desenvolvimento em todos os aspectos.

Por isso, segue algumas dicas para encarar os "try-outs" positivamente:

> Tenha muito claro os objetivos do evento.
> Identifique com clareza o time de trabalho e compartilhe os objetivos
> Planeje o evento com antecedência fazendo um "check" de todos os componentes do processo.
> Tenha se possivel um "plano B" para evitar desgastes com o time e improvisos
> Faça uma verificação física antes de iniciar o evento e elimine os problemas estáticos.
> Reuna-se e seja empático com o time, mas não deixe de colocar as suas necessidades e prerrogativas antes do incio do evento.
> Nunca permita a execução de operações sob condições inseguras ou que coloquem em risco a integridade fisica e a saude das pessoas envolvidas.
> Esteja munido de todas as informações técnicas relevantes sobre o processo a ser testado, sejam preliminares, virtuais ou de try-outs anteriores.
> Compartilhe com time os problemas, e assuma as decisões consolidando as opiniões do time com bom senso.
> Registre todas as ocorrências relevantes e problemas encontrados.
> Ao fim do evento, reúna o time e alinhe todas as ações de correção bem como as que podem ser utilizadas de forma preventiva em novos processos.

Espero que as dicas acima sejam úteis. Na verdade são bem generalistas pois no fim das contas, até a nossa vida pode ser vista como um "try-out" !

Abracos,

Márcio

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